A classificação dos tipos de memória é uma discussão entre cientistas. Eis um dos modos de classificá-la:

Memória declarativa e Memória procedural

1. Memória declarativa (também chamada de explícita):

É nossa memória verbal, classifica-se em:

• Memória imediata: Aquela que dura apenas alguns segundos, para repetir um número de telefone, por exemplo. Essa vai embora sem deixar vestígios.
• Memória de curto prazo (MCD): É responsável pelo armazenamento de informações. Nessa memória fica armazenado o que comemos no dia anterior, com quem falamos, o que vestimos, etc.
• Memória de longo prazo (MLD): Aquela onde as informações ficam armazenadas por meses ou anos. Se a aprendizagem for significativa, esta vai primeiro para a MCD e depois para a MLD.
• Memória episódica: onde guardamos os eventos dos quais fizemos parte, ou seja, é nossa memória autobiográfica.
• Memória semântica: onde todo o aprendizado fica armazenado: linguagem, conhecimentos, etc.

2. Memória procedural (também chamada de procedimentos ou implícita):

Ela é responsável pelo armazenamento de ações que realizamos automaticamente, inconscientemente, tais quais: andar de bicicleta, dirigir, tocar um instrumento. A memória procedural é considerada ser mais estável e mais difícil de ser perdida.

Aprendizagem: Para haver melhor retenção em nossa memória de tudo que aprendemos, precisamos consolidar as novas informações. Alguns cientistas dizem que a consolidação dá-se por meio do sono, quando alcançamos a fase REM, mas muitos não concordam. Já o intervalo que precisamos para consolidar o que aprendemos, chamado de Spacing effect, é levado em consideração por muitos. Diz-se que estudar intensamente na noite anterior a um exame não tem tanto efeito quanto estudar em intervalos bem mais espaçados. Nas palavras de Sisti et al. (2007): “Information that is spaced over time is better remembered than the same amount of information massed together” – “Informação espaçada é melhor lembrada do que a mesma quantidade de informação concentrada. Segundo esses autores, experiências feitas com animais mostram que estes, quando treinados com intervalos de tempo, têm um desempenho tão bom quanto os treinados sem esses intervalos, mas os últimos lembram melhor em um espaço de duas semanas. Por isso, pessoal, estudem com antecedência antes de uma prova ou exame, façam intervalos entre os estudos.

Para aqueles que estudam, algumas dicas para uma aprendizagem efetiva:

• Cumpra um horário de estudo.
• Desenvolva suas próprias ideias.
• Faça perguntas a si mesmo para checar se compreendeu a matéria.
• Pense no quanto a disciplina requer de você e adapte-se a ela.
• Se o que o professor tem a oferecer não for o suficiente, esforce-se mais, busque outros caminhos, pesquise!
• Relacione uma disciplina com a outra. A matemática ajuda a física que ajuda a química que ajuda as artes que ajuda o inglês que ajuda a informática e as aulas de língua portuguesa ajudam TODAS.
• Reveja os apontamentos das aulas e os conceitos importantes.
• Relacione o que você já sabe com aquilo que está aprendendo e persiga àquilo que precisa saber.
• Relacione as suas ideias às coisas novas que aprendeu. Pode ser que você mude de ideia.
• Organize-se: trace objetivos, cumpra-os.
• Procure sempre saber mais.

Referência:
SISTI, Helene M. et al. Neurogenesis and the spacing effect: Learning over time enhances memory and the survival of new neurons. 2007. Disponível em <http://learnmem.cshlp.org/content/14/5/368.abstract>. Acesso em 5 fev. 2011.